quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Projeto meios de comunicação

Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Antenor Gonçalves Pereira
Professora: Zenab El Hatal.
Pequeno Projeto Pedagógico
1-Tema : Meios de Comunicação.
2-Desde a mais tenra idade, necessitamos nos comunicar. Sendo assim ao longo do nosso desenvolvimento tentamos estabelecer com o meio que nos rodeia, alguns sinais, que depois vão se tornando mais elaborados. Sendo o homem o responsável, pois além de aprender diversas maneiras de facilitar a compreensão da fala e da escrita. Foi através do tempo criando objetos que ajuda no dia a dia. Pois com pouco tempo passamos informações para qualquer parte do mundo sem precisarmos nos deslocar. E a esse conjunto de objetos que conhecemos damos o nome de meios de comunicação (jornal, tv, rádio, internet, telefone, carta, revista, livros).
O homem esta permanentemente em constante relacionamento com outros seres humanos. Desta maneira a comunicação é uma necessidade básica para que se consiga entender e ser entendido no mundo. Sendo assim, vamos perceber que em todos os lugares tem meios de comunicação. E conheceremos.
Para quê e como utilizamos os meios de comunicação.
3-Objeto.
Visitar as rádios da cidade AM e FM. Pois e através delas que chegam as músicas e informações no rádio em casa.
Visita,  para conhecer o correio. Vamos colocar correspondência uns com os outros.
Exposição de painel feito pelos alunos sobre os meios de comunicações, e observar o que mais se usa hoje em dia e o que menos se utiliza.
4- Conteúdos.
Português - Escrever para a família, através da escrita (rabisco) ou desenhos, uma cartinha para ser levada ao correio.
Matemática - atividade de contagem.
Conhecer o número do próprio telefone.
Noção de tempo. Ontem e Hoje
História - conhecendo o pombo correio, e o telégrafo.
Educação Artística. Confecção de painel, com os desenhos feitos.  
5- Atividades.
  • Pesquisa com a família.
  • Pesquisa na escola com visitas na secretária, para observar como funciona cada meio de comunicação.
  • Construção de painel coletivo com fichas, através das respostas trazidas de casa, utilizando desenhos.
  • Confecção de cartaz, e subscritar os envelopes para ir ao correio.
6. Avaliação: A avaliação é contínua, processual e progressiva em função dos objetivos propostos, sendo realizada por meio da análise de participação, das atividades e dos trabalhos de pesquisa de casa e classe, do qual resultará uma nota para ser computada na média do trimestre.

Tempo de duração.
2 semanas.
Mãos a Obra.

















sexta-feira, 16 de março de 2012

ARTES- Arquitetura e preservação do patrimônio

 Um plano de aula que já apliquei com meus alunos e quero dividir com todos porque foi um sucesso!Adaptei como projeto, conforme a realidade dos alunos! A exposição resultado desse projeto,está no blog logo abaixo com o nome de "O olhar das crianças sobre Bagé - O futuro visita o passado"( alusivo aos 200 anos de Bagé).Que você localiza pelo link abaixo:
http://blogdatiazena.blogspot.com/2012/02/projeto-desenvolvido-com-meus.html

Artes

Arquitetura e preservação do patrimônio

Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação

Objetivos

1) Fazer com que os alunos percebam as transformações e mudanças dos estilos arquitetônicos.

2) Conhecer o Patrimônio Histórico e Artístico da região.

3) Compreender o motivo pelo qual existe um órgão que protege o patrimônio histórico e artístico nacional, o IPHAN.

Comentários

Assim como a Praça do Comércio, no Rio de Janeiro, foi construída segundo o estilo que vigorava na época, e, tombada como patrimônio histórico, foi preservada, certamente existem, na sua cidade, imóveis tombados, utilizados ou não, que podem ser objeto de estudo, para que, a partir deles, se lance um olhar sobre a história local e nacional, de maneira a contextualizar os estilos arquitetônicos em determinado período da História da Arte.

Material

O texto Montigny e a arquitetura brasileira pode ser um bom começo para estudar o estilo neoclássico na arquitetura e como ele foi parcialmente preservado no Brasil. Também podem ser utilizados os textos A finalidade das construções e O significado das construções

Estratégias

1) Leitura e interpretação dos textos.

2) Leitura das imagens que estão nos textos e de outras que o professor tenha.

3) Divididos em grupos, cada grupo deve eleger uma edificação local para ser objeto de estudo.

Atividades

Ir até o local, saber a história do edifício, para que foi construído e quando, se foi tombado e para que é utilizado hoje. Na sala de aula, a partir de materiais que o professor traga, os alunos devem perceber o estilo do edifício, se ele corresponde ao estilo da época em que foi feito. Como proposta de trabalho individual, eles farão uma redação sobre a importância da preservação do patrimônio histórico.

Sugestões

1) Site do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN

2) Seria interessante ter a participação do professor de História.

3) Caso em sua cidade ou próximo da escola não existam edifícios históricos, experimente trabalhar com residências mais antigas, talvez a própria casa dos alunos.
* Valéria Peixoto de Alencar é historiadora formada pela USP e cursa o mestrado em Artes no Instituto de Artes da Unesp. É uma das autoras do livro Arte-educação: experiências, questões e possibilidades (Editora Expressão e Arte). ARTES-Arquitetura e preservação do patrimônio

segunda-feira, 12 de março de 2012

Cândido Portinari para crianças.

http://www.portinari.org.br/candinho/candinho/abertura.htm

Entre as 32 obras mostradas na "Galeria", quatro foram selecionadas para fazer parte deste "Guia do Professor". Elas apresentam 3 temas diferentes: natureza-morta, paisagem e figura humana e foram realizadas nas décadas de 30, 40 e 50. 
Este guia foi elaborado para professores que trabalham com alunos na 1ª fase do 1º grau, e contém uma síntese biográfica do artista, descrição da obra, observações a serem levantadas pelos professores junto a seus alunos e sugestões de atividades. 

sábado, 3 de março de 2012

Álbum de família:Vida e obra de Túlio Lopes no desenvolvimento artístico e cultural na cidade de Bagé.


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural

 
Artigo

Álbum de família: A vida e a obra de Túlio Lopes no desenvolvimento cultural e artístico de Bagé, RS.




Zenab Esquirio El Hatal Esteves






Pelotas, 2011 

 
ESTUDO DA ORALIDADE NA ENTREVISTA COM MÁRIO LOPES SOBRE A VIDA E OBRA DE SEU PAI[1]
Zenab Esquirio El Hatal Esteves[2]
           
RESUMO

Este artigo descreve a narrativa realizada por Mário Lopes, por ocasião de um trabalho de pesquisa realizado sobre a vida e obra de seu pai, Túlio Lopes, e cujo objetivo foi analisar a forma de informação que o entrevistado prestou e como se deu a troca de informações neste contexto. Observou-se a forma entusiasmada como Mário refere-se à obra de seu pai e o destaque de importância que dá ao legado tanto artístico como cultural e social que seu pai proporcionou à cidade, especialmente porque foi abrangente em suas realizações. Constatou-se que o entrevistado conserva vivas na memória as lembranças das realizações do pai, mas que a forma como se expressa, ainda que não tenham requinte, constituindo-se de expressões simples, mantêm uma coerência e técnica, capazes de proporcionar um entendimento muito amplo daquilo que quer narrar.
Palavras chave: Narrativa; Entrevista; Expressão de oralidade; Forma de expressão.

ABSTRACT

This article describes the narrative pro Mario Lopes held on the occasion of a research work about the life and work of his father, Túlio Lopes, whose objective was to analyze the form of information that the respondent has provided and how was the exchange of information in this context. There was as excited as the Mario refers to the work of his father and the highlighting of the importance it attaches to both artistic and cultural heritage and social that his father gave to the city, especially because it was comprehensive in their accomplishments. It was found that the respondent retains the memory alive in the memories of his father's achievements, but how it is expressed, although they have not refinement, being of simple expressions, maintain consistency and technique, capable of providing a very understanding ample of what you want to narrate.
Keywords: Narrative; Interview; Speech expression; Form of expression.
Introdução
O começo de um estudo acontece pelo interesse velado de um pesquisador sobre um determinado tema que lhe instiga e encanta. E foi assim que, ao ter uma breve noção da vida e obra de Túlio Lopes, interessei-me por seu trabalho e pelo seu legado à cultura e à arte bajeenses. Além do interesse pela própria arte, que me é peculiar, o despertar para um novo olhar sobre um trabalho diferente que não se compunha de fotografia, mas de uma composição a partir desta, que fomenta a curiosidade pela sensibilidade demonstrada pelo artista.
A partir desse interesse, buscou-se conhecer a vida e obra de Túlio Lopes, tendo como objetivo a identificação de como o seu trabalho influenciou a cultura à arte da cidade e de que forma outros artistas e fotógrafos sofreram a influência do referido artista. Assim, buscou-se informações nos mais diversos centros de documentação da cidade, porém foi tendo como fonte de informações seu próprio filho, Mário Lopes que se conseguiu levantar dados importantes, capazes de atender aos objetivos propostos. Este artigo se desenvolve a partir da entrevista realizada com Mário Lopes, tendo como objetivo analisar a forma de informação que o entrevistado prestou e como se deu a troca de informações neste contexto.
Desenvolvimento
Inicialmente procurei Mário Lopes na busca de informações sobre seu pai, Túlio Lopes, argumentando da importância deste no contexto fotográfico e documental da cidade, mas sem saber como seria a recepção do trabalho proposto. Surpreendentemente, o futuro entrevistado mostrou-se muito interessado em contribuir com o trabalho e entusiasta com a possibilidade de participar da reconstrução da história de seu pai.
A partir de então, começamos um intenso diálogo, que perdurou por várias semanas, começando pelo conhecimento da casa do entrevistado, cuja memória do pai ainda está viva em vários cenários e objetos por ele deixados, lembrando que a maioria deles pertence ao Museu Dom Diogo de Souza, onde está.
A maneira como Mário Lopes se reporta ao pai é interessante, pois fala do mesmo como se ele ainda vivesse. Isso possibilita interpretar que a memória de Túlio Lopes é muito presente ainda pelo que construiu ao longo de sua história, tendo em vista as particularidades que construiu em sua obra – foto e arte num mesmo trabalho.
Foto com pintura à mão por Túlio Lopes

Além disso, a obra comunitária do artista plástico foi muito marcante, sendo lembrada até hoje, especialmente pelo legado social que a mesma proporcionou à cidade. E esse fato foi sempre lembrado por Mário, seu filho durante as entrevistas.
A simplicidade de Mário é mostrada na sua oralidade suave e meiga, onde a busca por palavras simples, mas escolhidas e colocadas de forma metódica e direta denotam o grande conhecimento do assunto em debate. Aos poucos e se utilizando da prerrogativa da narrativa, o entrevistado aponta os caminhos percorridos por seu pai no trilhar de sua existência, ao mesmo tempo que mostra um breve legado fotográfico guardado com muito carinho e denodo, como uma relíquia a ser preservada.
Mostrando o álbum de família.

Inicialmente, narra os primórdios do pai no Brasil, a partir de seu nascimento em Agueda, Portugal, em 1894, tendo vindo para Bagé, com os pais, com apenas um ano de idade. Comenta sobre seus estudos no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora onde foi um dos fundadores. Ao comentar esses fatos, denota emoção, como se estivesse falando de um passado recente e muito marcante para ele, Mário.
Mário relata ainda que seu pai teve na fotografia seu hobbie preferido, usando sua própria casa como atelier, e onde desenvolveu a arte de colorir fotos à mão, trabalho artístico em que se destacou e para o qual mostrava extrema perfeição, segundo seu filho. Ao mesmo  tempo que relata estes fatos, Mário vai mostrando (ilustrando) a conversa com os álbuns de família que guarda em casa, onde mostra vários trabalhos de Túlio que corroboram com a narrativa.
A entrevista se torna apaixonante para ambas as partes, entrevistadora e entrevistado, prolongando-se por várias horas a cada dia. Às vezes, sendo retomados pontos anteriores, onde são relatados novos fatos sobre os que já haviam sido comentados. A simplicidade com que Mário relata passagens da vida de seu pai é impressionante pelo fato de que, apesar da idade, as lembranças parecem muito vivas na sua memória, como se fossem recentes.
Relata, com orgulho, o pioneirismo do pai como repórter fotográfico do Jornal Correio do Sul, num tempo em que não havia clicheria e as fotos dos principais acontecimentos da cidade eram exibidas em um painel, na frente do prédio do jornal. Com isso, Túlio constituiu um acervo histórico-cultural-social de alta relevância para a cidade, que foi resgatado pelo filho e entregue ao Museu Dom Diogo, onde está exposto.
Mário Lopes fala de forma entusiástica de outro hobbie de seu pai, o cinema em casa, que possibilitou a ele constituir um grande acervo de filmes do cinema mudo, sendo alguns muito raros, com valor incalculável atualmente. Mas a alegria de Mário se expande quando refere-se ao trabalho do pai na formação na década de 50 da banda da Sociedade União dos Artistas, a popular “bandinha” e na organização da Orquestra Filarmônica de Bagé, cuja existência foi breve mas muito jubilosa.
Mário ainda se refere ao trabalho de seu pai como colecionador de fotos que memorizavam a cultura e a sociedade locais, muitas compradas de outros fotógrafos, como “forma de conservar aqui parte de nossa cultura”, como destaca o entrevistado.  Assim, de forma narrativa e num tom muito informal, Mário Lopes descreve a trajetória de seu pai, Túlio Lopes, num clima de cordialidade e, ao mesmo tempo, entusiasmado, utilizando-se de uma forma bem simples de narrativa, mas que nem de longe se aproxima do vulgar.
Pausas na entrevista preenchidas pela mostra de imagens

Ao falar de seu pai, ao mesmo em tempo que demonstra carinho e euforia, obedece a uma capacidade oral muito técnica e comedida, apesar de simples como já foi colocado, e, por isso, consegue abordar os vários temas da vida do pai sem se tornar cansativo ou repetitivo. Utiliza-se das pausas de forma muito interessante, aproveitando-as para preencher o tempo com o visual de seus álbuns de família, o que faz das entrevistas um misto de oralidade e visualização, que se completam de forma muito intima e eficiente para a compreensão da história.
Considerações Finais
Ao reler o texto de Vavy Borges “Gabrielle Brunne-Sieler, uma vida (1874-1940)”, reporto ao que a autora refere sobre a narração, de que “sem documentos não há história e as fontes encontradas, em boa medida, estabelecem os níveis em que podemos nos aprofundar na vida de uma pessoa”. Realmente, as fontes são fundamentais para entender os fatos históricos ou pessoais (ou ambos em conjunto), estabelecendo uma relação entre a história e seus personagens.
E foi em busca das fontes orais e visuais que se pode desenvolver um trabalho sobre a vida de Túlio Lopes, sendo a fonte mais importante seu próprio filho, Mário Lopes, cuja narrativa dos fatos que constituíram o trabalho artístico, comunitário e social de seu pai, contribuiu para entender a importância do legado desse personagem histórico bajeense e a sua influência na cultura, na sociedade e na arte locais.
Analisar a forma como se expressa o entrevistado se torna um tanto quanto inócuo se presenciada a forma como o mesmo se apresenta, fala e cala, expressa-se sem falar e sente ao mesmo que se faz sentir como presença marcante num contexto histórico e cultural que é sua própria residência, que considero um museu particular, cuja figura principal é o próprio Mário.




[1] Artigo apresentado à Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial para ingresso no Curso de Mestrado.
[2] Licenciada em Artes pela URCAMP.

Lindo dia na Rainha da Fronteira!!